O papa Francisco, eleito no Vaticano na quarta-feira, deixou há um mês uma mensagem dedicada à Quaresma no site da Arquidiocese de Buenos Aires, na qual avisava para algo que «não vai bem» na sociedade e na Igreja. «Hoje somos novamente convidados a empreender um caminho Pascal para a vida, caminho (...) que será incómodo mas não estéril. Somos convidados a reconhecer que algo não vai bem em nós mesmos, na sociedade ou na Igreja, a mudar, a converter-nos», afirmava o então cardeal Jorge Mario Bergoglio, na mensagem divulgada a 13 de fevereiro. A mensagem, dirigida a «sacerdotes, pessoas consagradas e a laicos da arquidiocese», começava por pedir que se «rasgue o coração e não as roupas» e lembra que as pessoas se habituaram a ver e ouvir «através dos meios de comunicação, a história negra da sociedade contemporânea, apresentada quase com alegria perversa». «A Quaresma apresenta-se como um grito de verdade e de esperança que vem responder que sim, que é possível não disfarçarmos e desen