Um dia a casa veio abaixo

Só me apetece dizer que estamos todos doidos !
Então estiveram e estivemos a fazer e a consentir que fossem feitos os maiores disparates com os dinheiros publicos e agora estamos ai,ai,ai....
Mas onde estavamos todos quando viamos que o dinheiro estava a ser desbaratado e consentimos?
Onde estávamos quando vinham os dinheiros da CEE e tinhamos conhecimento que estavam a ser desbaratados?
Onde estavamos todos quando consentimos que os dinheiros publicos (nossos e emprestados) servissem para fazer obras megalómanas com custos muitas vezes duplicados, triplicados e muito mais?
Onde estavamos todos quando tinhamos conhecimento dos gastos mais que excessivos das autarquias , dos ministérios, das direcções gerais e de tantos organismos da administração publica?
Não vimos , não ouvimos e não quizemos que nos dissessem e nalguns casos assobiávamos para o lado.
E Agora?
Temos que pagar tudo.
Não temos minas, não temos pescas, não temos produção de cereais, não temos industria pesada.
Temos, felizmente, algumas industrias pequenas mas que são exportadoras de renome- o que é bom mas são os privados a investir e a desenvolver.
Temos vinhos e uvas de qualidade.
Mas tudo isto é pouco.
A nossa mão de obra é muito boa.
Os nossos estudantes são em regra muito bons
Teremos com eles futuro, assim os governo e governantes se entendam no modo de agir.
A ver vamos!

Comentários

  1. O nosso pais vive o restyling de uma novela do Sec. XVIII. Mudaram as figuras, deslocalizaram os países, mas a história é a mesma.
    O nosso fado ao longo dos séculos. Se este texto fosse escrito no reinado de D. João V, não seria muito diferente, com algumas adaptações de linguagem, mas no essencial as questões de fundo são as mesmas.

    Período de absolutismo régio, onde a estratégia do pais da altura, passou por investir os recursos existentes na altura em factores não produtivos. Optou-se por investir na cultura à custa do ouro do Brasil, quando deveríamos ter investido na economia e na educação para sustentar todas as outras actividades do pais.
    Vivíamos ofuscados pelo iluminismo, e sobre o que se passava em França e em Itália, e queríamos que nos vissem como uma potencia culta, para tal as grande obras foram o veiculo para a difusão dos ideais de grandeza nacional e absolutismo régio, todo o país foi beneficiado por esta “febre” cultural. Os cronista da altura, falam das polémicas sobre a dimensão do investimento, visto que enquanto que o rei investia ou gastava exclusivamente no embelezamento do país o povo passava seriamente pela penúria e as minas dos Brasil não duravam para sempre.
    Esta ambição do rei pela prosperidade assente nas grande obras publicas colocou o pais na miséria. Os barcos carregados de ouro do Brasil vinham cada vez mais vazios e o pouco ouro que chegava a Portugal ou era remetido para a economia inglesa ou então era desviado para as loucuras do rei.

    Estamos na mesma. Nada mudou, só as personagens e os locais. A mentalidade é a mesma. Facilmente conseguiríamos na nossa sociedade de hoje encontrar os “Távoras”, a nobreza da altura, e os Jesuítas.

    A população sentia imenso essa carência de capital, de investimento, de produção, e havia instalado um panorama de miséria no país. Antes de terminar o reinado de D. João V e já se solicitava a presença de um mediador para o próximo reinado (Marquês de Pombal) a fim de evitar o degredo total do país. O projecto de Mafra foi sem dúvida alguma um dos principais factores que contribuíram para os esvaziamento constante dos cofres do estado e a situação ainda se tornou mais polémica aquando do terramoto de 1755 que levou a pensar-se que todo o esforço de renovação cultural da capital havia sido feito em vão.

    Hoje temos a Troika, nada de novo.

    Não nos podemos esquecer que a mesma altura em Inglaterra se caracteriza pela Revolução Industrial, na qual Portugal foi um dos financiadores, através entre muito do famoso tratado de Methuen, tratado dos Tecidos e Vinhos.

    Nas cenas do próximos episódios falta em Portugal dos nossos dias o Terramoto e um Sebastião José de Carvalho e Melo.

    Falta-nos um Marquês de Pombal do Sec. XXI que tenha coragem de fazer as Reformas Económicas, Reformas Sociais, Reformas do Ensino. Também sabemos pela história o que sucede ao Marquês.

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